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Preenchidas 84,1% das vagas para pessoas com deficiência nas metalúrgicas da região

14-03-2024 - Fonte: Auris Souza

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O índice de contratações de pessoas com deficiências pelas indústrias metalúrgicas de Osasco e região atingiu a marca de 84,1%, em 2023. É o que mostra a 18ª Pesquisa Lei de Cotas - Trabalhadores com Deficiência no Setor Metalúrgico, divulgada na manhã desta quarta-feira, 13, pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região.

O estudo tem como base os questionários respondidos por 67 empresas metalúrgicas, nos quais elas relataram qual o número de trabalhadores com deficiência contratados em dezembro de 2023.

 

Em 2022, o índice de contratações era de 83,5%. A pesquisa também mostra que, no ano passado, 46,3% das empresas cumpriram 100% da cota ou mais. Quando o recorte é feito por setores, o de Autopeças e Forjarias ultrapassaram as exigências legais, com 102,2%.

“Por meio da pesquisa, criamos estratégias e podemos atuar para que as contratações de fato aconteçam. Além disso, o assunto é pauta permanente no Sindicato e das negociações coletivas durante a nossa Campanha Salarial”, explicou o presidente do Sindicato, Gilberto Almazan (Ratinho).

 

A preferência por contratação de pessoas com deficiência física, que são 39,3% dos contratados, também é observada na pesquisa. Em segundo lugar, ficam as pessoas com deficiência auditiva, com 29,0%, seguida das com deficiência visual, 13,0%. Os reabilitados somam 7,3%, já as pessoas com deficiências psicossocial e intelectual somam 4,6%.

Alexandre Peregrino faz parte dos trabalhadores que têm deficiência auditiva. Ele trabalha há 24 anos na Cinpal, em Taboão da Serra, e, agora, conta os dias para terminar o financiamento do seu apartamento. “Termino de pagar neste ano. Depois vou tirar a carta de motorista”, disse ele, que paga pensão para filha e ajuda a pagar as despesas da mãe.

Cai o percentual de empresas que não cumprem a Lei

Em relação ao estudo anterior, diminuíram os casos de empresas que se negavam a cumprir a lei. Em 2022, 9,4% das empresas não haviam contratado ninguém. Em 2023, o percentual caiu para 6,0%.

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O estudo tem o apoio da Gerência Regional do Trabalho e do Projeto de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho da SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego) de São Paulo.

 

“A inclusão é tarefa de toda sociedade, não adianta só a fiscalização, tem que ter a participação do sindicato, tem que ter informação e a compreensão da sociedade”, defende o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, Marcus Alves de Mello, que explicou: “Mudamos um pouco a sistemática da fiscalização. Desde quando eu assumi, chamamos as empresas, notificamos, exigimos o cumprimento da cota, mas chamamos para o diálogo. Já fizemos dois grandes eventos na cidade de São Paulo, com a participação da Prefeitura, do INSS, de empresas e instituições, para falar da importância da inclusão. Muitas vezes o que falta é a informação”.

 

Compareceram ao lançamento: pessoas com deficiências, representantes de entidades especializadas, empresas. Também participou da divulgação dos dados o coordenador estadual do Programa de Inclusão da Superintendência Regional do Trabalho, José Carlos do Carmo (Kal), Deise Canhisares Gomes da Silva, Gerente Regional do Trabalho e Emprego de Osasco, entre outro.

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